Cientistas esperam cura para o cancro dentro de cinco anos

Cientistas britânicos acreditam que a cura para todos os tipos de cancro pode estar disponível no serviço de saúde público dentro de cinco anos. Os primeiros testes mundiais de uma técnica que reconstrói geneticamente as células vão ocorrer num hospital de Manchester no final deste ano.
O tratamento – terapia de células T geneticamente modificadas – pode substituir práticas como a quimioterapia. As células são preenchidas com um dispositivo que vai comandar a morte de células cancerígenas antes de serem injectadas no paciente.
O professor Robert Hawkins, director clínico da unidade de oncologia do Christie Hospital, fez saber aos órgãos de comunicação britânicos que os resultados iniciais dos testes de laboratório têm sido «espectaculares».
Tratamentos tradicionais como a radioterapia e quimioterapia destroem ambas as células, saudáveis e cancerígenas.
O novo sistema faz com que o corpo naturalmente vá à procura e mate tumores impulsionando o combate das células infectadas.
O corpo não tem naturalmente estas células em quantidade suficiente para combater grandes tumores, e as células cancerígenas desenvolvem frequentemente mecanismos protectores para evitar que sejam reconhecidas pelo organismo como uma doença.
Os médicos irão tirar amostras de sangue aos doentes com cancro para extrair as células T, juntando um anticorpo que funciona como um dispositivo que faz com que as células identifiquem as células cancerígenas.
As células T são multiplicadas em milhares durante um período de duas semanas e injectadas no corpo do paciente.
O professor Hawkins está a apelar a fundos para construir um laboratório para criar geneticamente as células T para que o tratamento possa estar disponível para doentes cuja quimioterapia e radioterapia tenha falhado.